COMPOSTAGEM DO BAGAÇO DE AZEITONA PODE ser solução para ALIVIAR EXTRATORAS DA REGIÃO

Depois do encerramento dos lagares na campanha deste ano, e sem terem capacidade de armazenar todo o bagaço de azeitona produzido, começam a surgir alternativas às extratoras que também não estão a conseguir transformar tanto bagaço. Além da produção da azeitona deste ano ter sido superior à dos anos anteriores, os agricultores também acumularam a apanha na mesma altura, o que deixou os lagares sem mãos a medir. Segundo a diretora de agricultura e pescas do Norte, uma das soluções poderá passar pela compostagem do bagaço de azeitona. “A pressão não pode ser apenas para as extratoras e temos que encontrar soluções integradas, que passem também por questões como a compostagem e outros tipos de transformação deste subproduto bagaço, quer seja na alimentação animal, quer seja como fonte calorífica. Temos aqui outras possibilidades de utilização do bagaço, que criam uma forma muito interessante de diminuir a pressão nas empresas extratoras”, afirma Carla Alves. Juntamente com o do Ambiente, o Ministério da Agricultura, vai agora apresentar um manual com normas relativas ao processo de compostagem e “como se pode licenciar essa compostagem”, considerando que há bastantes lagares na região com terrenos que podem ser usados para o efeito. Carla Alves salientou ainda o trabalho que é feito pelas extratoras na transformação do bagaço. Não obstante, observa que é necessário arranjar outras soluções para não sobrecarregar as empresas, uma vez que na região só Valpaços, Mirandela, e o Pocinho têm extratoras de bagaço. As três servem toda a região Norte, mas também parte da região centro. Só nesta campanha 2021/2022, afirma a diretora da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, na região “serão produzidas “cerca de 90 mil toneladas de azeitona”.